Relações e suas ações.

Esta a conversar com uma amiga minha ontem, falávamos de relacionamentos, como começam, como acabam, suas consequencias, suas benesses e até seus prejuízos, enfim, a mudança que um relacionamento, seja ele qual for, trás em nossas vidas. Não estou obviamente condenando as relações interpessoais, não, pelo contrário, acho a solidão algo totalmente dispensável, sou a favor do amor em todas as suas formas, da paixão, do sexo, do tesão, enfim, sou a favor da anti-solidão. Mas e quando o relacionamento acaba abruptamente. Recebi hoje a notícia bombástica da mesma amiga que seu relacionamento tinha acabado de uma forma, digamos, muito incomum. Seu "peixe" teria terminado o "muído" sem qualquer explicação decente. Porque nós homens não aprendemos a dar uma desculpa que preste? Porque não nos preocupamos com o sentimento alheio? (isso vale para as mulheres também). Terminar o namoro por um motivo, seja lá qual for (chifre, briga besta, descobrir que ele, ou ela, não gosta da fruta, etc.) é uma coisa, mas acabar sem um motivo, só porque "não deu certo", é ridículo. Porque não deu certo? Deu sim, deu certo enquanto durou, porque então não fala que não deu certo porque ela é feia, ou bonita demais pra ele, porque ela fede, ou cheira demais, porque, porque, porque. Sem um porquê fica FODA.

A relação estava ótima. Pelo menos para você. Mas, um belo dia, ele ou ela diz que não quer mais. O chão embaixo dos seus pés vira gelatina. Você quase não para em pé. Não há o que fazer, argumentar, negociar. Você congela. Fica ali, parada (o) , sem conseguir sair do lugar. Revê todos os passos do relacionamento. Onde eu errei? Houve erros e acertos, de ambas as partes. Portanto, não há vítima ou vilão. É assim que se constrói uma relação. Errando, acertando, aprendendo. Toda relação tem erros e acertos.

Passada a tontura da pancada do término, vem a revolta. Você esperneia, se debate, fala mal, pragueja, deseja que ele (ou ela) morra (só de mentirinha), que seja eternamente infeliz (pura dor de cotovelo), que encontre pela frente alguém que a maltrate bastante; que fique gaga (o), que broche, tenha chulé, que perca os dentes da frente ou fique careca. No fundo, o desejo é tirá-lo (a) do coração. Fica procurando todos os mínimos motivos para odiar com todas as forças.

Você se afasta, apaga os contatos do celular, bloqueia o Orkut, o MSN e pára de sair de casa, com medo dos lugares que freqüentavam juntos. Nada adianta. Você continua amando aquele desgraçado, ou aquela rapariga. O que fazemos com o amor que fica, quando o relacionamento acaba? O importante, no entanto, é o que não fazer! Não deixe que esse amor se transforme em um câncer que vai te destruindo aos poucos. Aceite o fato de que as pessoas são livres e não são obrigadas a serem recíprocas no amor. Ela, ou ele não tem culpa de não te amar, nem você de amá-la. Se você já vivenciou essa história, mas no lado oposto, é só se lembrar de como também é doloroso não amar alguém e ver o quanto esta pessoa está sofrendo por você.

Faça o que puder para não ver o amor maior do que ele realmente é. Na medida do possível, preencha seu tempo com outras atividades. Deixe que o amor tome seu rumo. Ele pode se transformar em uma linda amizade no futuro se vocês forem capazes de transporem as mágoas. O importante, sempre, é constatar que só nós somos capazes de nos tirar de toda e qualquer situação. Da dor de se perder um amor e da insistência em continuar sofrendo por algo que acabou. Você é sua própria tábua de salvação.

Acabou? O que eu faço? Não faça porra nenhuma, quanto mais você mexe na merda mais ela fede. Deixe o indivíduo, ou a indivídua no seu canto, dê um chá de gelo ou mande simplesmente se foder. Dizem que o sofrimento é o alimento para essas pessoas.

Tá doendo? Se foda, se vire meu amigo, ou minha amiga. Ponha na cabeça que ninguém é melhor que você, que não é nenhum homem ou mulher que vai fazer você perder seu carnaval, etc. e tal e vice e versa, enfim, "O TEMPO NÃO PÁRA".

Bom dia a todos.