sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Justiça indeniza agentes comunitários de saúde.

O juiz Paulo Nunes, da 3.ª Vara do Trabalho de Campina Grande recentemente condenou o município de Campina Grande a, além de outras verbas, indenizar os Agentes comunitários de Saúde, os conhecidos ACS, em R$ 15.000,00, pelo fato do município não fornecer aos mesmos os Equipamentos de Proteção Individual - EPI. Segundo o magistrado, a ausência de EPI deixa o servidor à mercê de doenças e outras mazelas, já que a função do mesmo, pela própria natureza, é insalubre.

sábado, 13 de fevereiro de 2010

Bolsas UNipÊ

Já viram as bolsas para o Prouni na UNIPÊ?

Instituição de Ensino:
CENTRO UNIVERSITÁRIO DE JOÃO PESSOA

Unid. Adm/Campus:
UNIDADE SEDE ADMINISTRATIVA

Endereço:
BR 230 - KM 22 Nº S/N - CAMPUS DO UNIPÊ

Bairro:
ÁGUA FRIA CAIXA POSTAL: 318

Municipio:
JOAO PESSOA UF: PB CEP: 58053000

Telefone:
(83) 2106 9200 / (83)2106-9357
Total de Bolsas por Curso/Habilitação/Turno
Candidatos matriculados nesta Instituição de Ensino não poderão concorrer a bolsa adicional, conforme determina o Art. 8º do Decreto nº 5493
de 18 de julho de 2005. Clique no curso para maiores detalhes
Curso Turno
Tipo de Bolsas
ProUni Integral

ProUni Parcial 50%
Cota Ampla Concorrência Adicional Cota Ampla Concorrência Adicional

Total
Bolsas
Administração Noturno

3

2

-

-

-

-

5
Arquitetura E Urbanismo Matutino

6

4

-

-

-

-

10
Ciência Da Computação Noturno

2

2

-

-

-

-

4
Ciências Contábeis Noturno

2

2

-

-

-

-

4
Design De Moda Noturno

1

1

-

-

-

-

2
Direito Matutino

32

25

-

-

-

-

57
Direito Noturno

29

22

-

-

-

-

51
Educaçao Física Vespertino

5

4

-

-

-

-

9
Enfermagem Matutino

1

1

-

-

-

-

2
Fisioterapia Matutino

3

3

-

-

-

-

6
Odontologia Matutino

5

3

-

-

-

-

8
Psicologia Noturno

12

9

-

-

-

-

21

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Contradição Jornalística

Não entendo esses jornalistas, não se decidem nem com o clima.



domingo, 24 de janeiro de 2010

CRÍTICA DE ARIANO SUASSUNA SOBRE O FORRÓ ATUAL

'Tem rapariga aí? Se tem, levante a mão!'. A maioria, as moças, levanta a mão. Diante de uma platéia de milhares de pessoas, quase todas muito jovens, pelo menos um terço de adolescentes, o vocalista da banda que se diz de forró utiliza uma de suas palavras prediletas (dele só não, e todas bandas do gênero). As outras são 'gaia', 'cabaré', e bebida em geral, com ênfase na cachaça. Esta cena aconteceu no ano passado, numa das cidades de destaque do agreste (mas se repete em qualquer uma onde estas bandas se apresentam). Nos anos 70, e provavelmente ainda nos anos 80, o vocalista teria dificuldades em deixar a cidade.

Pra uma matéria que escrevi no São João passado baixei algumas músicas bem representativas destas bandas. Não vou nem citar letras, porque este jornal é visto por leitores virtuais de família. Mas me arrisco a dizer alguns títulos, vamos lá: Calcinha no chão (Caviar com Rapadura), Zé Priquito (Duquinha), Fiel à putaria (Felipão Forró Moral), Chefe do puteiro (Aviões do forró), Mulher roleira (Saia Rodada), Mulher roleira a resposta (Forró Real), Chico Rola (Bonde do Forró), Banho de língua (Solteirões do Forró), Vou dá-lhe de cano de ferro (Forró Chacal), Dinheiro na mão, calcinha no chão (Saia Rodada), Sou viciado em putaria (Ferro na Boneca), Abre as pernas e dê uma sentadinha (Gaviões do forró), Tapa na cara, puxão no cabelo (Swing do forró). Esta é uma pequeníssima lista do repertório das bandas.

Porém o culpado desta 'desculhambação' não é culpa exatamente das bandas, ou dos empresários que as financiam, já que na grande parte delas, cantores, músicos e bailarinos são meros empregados do cara que investe no grupo. O buraco é mais embaixo. E aí faço um paralelo com o turbo folk, um subgênero musical que surgiu na antiga Iugoslávia, quando o país estava esfacelando-se. Dilacerado por guerras étnicas, em pleno governo do tresloucado Slobodan Milosevic surgiu o turbo folk, mistura de pop, com música regional sérvia e oriental. As estrelas da turbo folk vestiam-se como se vestem as vocalistas das bandas de 'forró', parafraseando Luiz Gonzaga, as blusas terminavam muito cedo, as saias e shortes começavam muito tarde. Numa entrevista ao jornal inglês The Guardian, o diretor do Centro de Estudos alternativos de Belgrado. Milan Nikolic, afirmou, em 2003, que o regime Milosevic incentivou uma música que destruiu o bom-gosto e relevou o primitivismo estético. Pior, o glamour, a facilidade estética, pegou em cheio uma juventude que perdeu a crença nos políticos, nos valores morais de uma sociedade dominada pela máfia, que, por sua vez, dominava o governo.

Aqui o que se autodenomina 'forró estilizado' continua de vento em popa. Tomou o lugar do forró autêntico nos principais arraiais juninos do Nordeste. Sem falso moralismo, nem elitismo, um fenômeno lamentável, e merecedor de maior atenção. Quando um vocalista de uma banda de música popular, em plena praça pública, de uma grande cidade, com presença de autoridades competentes (e suas respectivas patroas) pergunta se tem 'rapariga na platéia', alguma coisa está fora de ordem. Quando canta uma canção (canção?!!!) que tem como tema uma transa de uma moça com dois rapazes (ao mesmo tempo), e o refrão é 'É vou dá-lhe de cano de ferro/e toma cano de ferro!', alguma coisa está muito doente. Sem esqu ecer que uma juventude cuja cabeça é feita por tal tipo de música é a que vai tomar as rédeas do poder daqui a alguns poucos anos.

Ariano Suassuna

Observação:
O secretário de cultura Ariano Suassuna foi bastante criticado, numa aula-espetáculo, no ano passado, por ter malhado uma música da Banda Calipso, que ele achava (deve continuar achando, claro) de mau gosto. Vai daí que mostraram a ele algumas letras das bandas de 'forró', e Ariano exclamou: 'Eita que é pior do que eu pensava'. Do que ele, e muito mais gente jamais imaginou.

Realmente, alguma coisa está muito errada com esse noss o país, quando se levanta a mão pra se vangloriar que é rapariga, cachaceiro, que gosta de puteiro, ou quando uma mulher canta 'sou sua cachorrinha', aonde vamos parar? Como podemos querer pessoas sérias, competentes? E não pensem que uma coisa não tem a ver com a outra não, pq tem e muito! E como as mulheres querem respeito como havia antigamente? Se hoje elas pedem 'ferro', 'quero logo 3', 'lapada na rachada'? Os homens vão e atendem. Vamos passar essa mensagem adiante, as pessoas não podem continuar gritando e vibrando por serem putas e raparigueiros não. Reflitam bem sobre isso, eu sei que gosto é gosto... Mas, pensem direitinho se querem continuar gostando desse tipo de 'forró' ou qualquer outro tipo de ruído, ou se querem ser alguém de respeito na vida!

quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

FEliz Ano novo

FEliz ano novo a todos. Abraços

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Crítica sobre o filme Crepúsculo (por Pablo Vilhaça)

Dirigido por Catherine Hardwicke. Com: Kristen Stewart, Robert Pattinson, Billy Burke, Nikki Reed, Ashley Greene, Jackson Rathsbone, Kellan Lutz, Peter Facinelli, Cam Gigandet, Elizabeth Reaser.



Edward Cullen tem um problema: embora profundamente apaixonado pela jovem Bella, ele evita beijá-la por temer que a intensidade do momento vá levá-lo a desejar algo mais da garota, que, igualmente apaixonada, certamente permitiria que ele a penetrasse – mas Edward sabe que, depois de começar, não conseguiria se obrigar a retirar a tempo, indo até o final e trazendo sérias conseqüências para ambos. Ah, sim: quando digo “penetrar” e “retirar”, estou me referindo às presas de Edward, que é um vampiro. No entanto, se você interpretou o que escrevi de maneira errada, não se preocupe: Crepúsculo usa, sim, sua trama de amor vampiresca como uma metáfora óbvia do desejo sexual adolescente e da necessidade imperativa de se praticar a abstinência.



(“Imperativa”, claro, de acordo com o roteiro escrito por Melissa Rosenberg a partir do best-seller de Stephenie Meyer, já que, particularmente, não tenho a menor ilusão quanto a eficácia desta pregação junto aos adolescentes, que estariam mais bem servidos com aulas sobre métodos anticoncepcionais e de prevenção a DSTs.)



Mas divago: dirigido por Catherine Hardwicke (Aos Treze, Jesus – A História do Nascimento), Crepúsculo acompanha a adolescente Bella (Stewart), que, obrigada a mudar-se para a pequena cidade do pai, logo se torna bastante popular em sua nova escola – que, apesar de atender a uma cidade com apenas 3.120 habitantes, é imensa, conta com aparentemente centenas de alunos e, claro, é convenientemente diversificada em seu corpo estudantil, exibindo asiáticos, negros, latinos e qualquer outra minoria que faça os produtores se sentirem orgulhosos de si mesmos por sua visão globalizada. Sentindo-se pouco à vontade perto do pai (por motivos que o filme jamais procura esclarecer), Bella tem seu interesse despertado por Edward (Pattinson), um rapaz pálido e arredio que vive com os vários irmãos adotivos numa casa localizada nas montanhas. Contudo, ainda que obviamente encantado pela moça, Edward insiste que não devem se aproximar – algo que ele reforça de maneira curiosa ao procurá-la durante o almoço na cantina apenas para repetir, embora ela tivesse mantido a distância exigida. Esta dinâmica se repete dezenas de vezes ao longo da projeção até que, finalmente, Bella descobre por que Edward a teme tanto – o que, claro, não impede que ele continue a dizer que deveriam se afastar embora jamais o faça. Rapazinho confuso, este.



Uma espécie de Harry Potter pouco imaginativo e excessivamente água-com-açúcar para adolescentes românticas (Pattinson, curiosamente, interpretou Cedrico Diggory em O Cálice de Fogo), este Crepúsculo também se passa num mundo com elementos fantasiosos, concentrando sua narrativa em uma escola e investindo num protagonista deslocado, apelando até mesmo para sua versão pobrinha do quadribol: no caso, uma partida risível de “baseball vampiro”. Enquanto isso, os Cullen percorrem os corredores e a cantina do colégio olhando de baixo para cima, ameaçadores, sem que ninguém jamais questione a palidez cadavérica de toda a família (ou talvez todos percebam se tratar de uma maquiagem incrivelmente artificial que não se preocupa sequer em cobrir direito os pescoços e membros dos tais vampiros). Aliás, por que os imortais Cullen ainda freqüentam a escola depois de centenas de anos? Certamente não é para disfarçar sua verdadeira natureza, já que chamam mais atenção do que se simplesmente se mantivessem distantes de todos ou se alegassem receber educação particular – principalmente em função do fato de faltarem à aula sempre que o dia está ensolarado. Ou talvez eles tenham dificuldade em trigonometria e simplesmente não consigam passar de ano.



Mais preocupado em se estabelecer como galã do que como ator, Robert Pattinson é auxiliado em sua tarefa pela diretora Catherine Hardwicke e pelo ótimo compositor Carter Burwell, que, não à toa, investe num crescendo romântico assim que Edward é visto pela primeira vez com sua pele pálida, as sobrancelhas cuidadosamente desenhadas, os lábios destacados por batom e o cabelo milimetricamente despenteado (ele deve passar horas diante do espelho, despenteando o cabelo. Ainda bem que, como imortal, tem todo o tempo do mundo.). Infelizmente, como ator, Pattinson se revela um belo adorno, já que, além de inexpressivo, suas tentativas de atuar soam embaraçosamente ruins – com destaque para a cena em que, ao perceber que sua estratégia para enganar o vilão não funcionou, ele aparentemente investe numa piscada estranha para evocar todo o desespero do personagem ao dizer: “Ele mudou de direção!” (um momento que, por contraste, transforma Keanu Reeves em Marlon Brando).



Por outro lado, Kristen Stewart, uma atriz interessante, faz o que pode para transformar Bella numa figura tridimensional, sendo constantemente sabotada pelo roteiro de Rosenberg (que se saiu muito melhor na série Dexter, diga-se de passagem): obrigada a atuar em cenas constrangedoramente expositivas – como na montagem em que “deduz” que Edward é um vampiro, repetindo várias “pistas” em voz alta -, Stewart ainda é levada a protagonizar um draminha artificial com o pai, magoando-o propositalmente apenas para “protegê-lo” (o problema, aqui, é ela não precisava realmente magoá-lo; esta é apenas uma estratégia barata do filme para tentar criar algum conflito dramático, fazendo-me lembrar daquelas cenas em que alguém tenta afastar um cãozinho e, para tanto, finge detestá-lo, atirando pedras e por aí afora. Infelizmente para Crepúsculo, o pai de Bella não se chama Benji nem Lassie.).



Estes conflitos implausíveis, aliás, formam a base das tentativas do filme em criar algum tipo de tensão ou incerteza quanto ao final – e, como já dito, freqüentemente Edward diz para Bella que não podem ficar juntos apenas para, na cena seguinte, voltar a procurá-la para repetir sua decisão. Isto atinge o auge da artificialidade numa cena ambientada num quarto de hospital, quando, depois de ouvir o amado falar pela milésima vez que devem se afastar, a moça protesta apenas para escutar, em resposta, que o outro realmente não consegue se manter distante – ignorando, assim, o que acabara de dizer. E o que posso falar do vilão, um vampiro caçador que só é apresentado ao espectador com 80 minutos de projeção (e, mesmo assim, surgindo como o menos interessante do trio ao qual pertence)? Possivelmente introduzido na trama depois que a roteirista (ou a autora do livro, que não li) se deu conta de não ter criado um único antagonista, o tal James (Gigandet) é um estereótipo de vampiro mau que passa a caçar a mocinha sem nenhuma razão aparente – e se a resposta para esta obsessão se encontra no livro, o erro permanece, já que o filme deveria se sustentar sozinho.



Abusando das câmeras lentas e de planos que beiram o ridículo em sua obviedade (como aquele em que a mocinha compra um livro e, então, vemos o balconista entregando o volume com uma mão e pegando o dinheiro com a outra, como se temesse ser roubado), Catherine Hardwicke ainda peca por não perceber a qualidade pedestre dos efeitos visuais que retratam a velocidade e a força dos vampiros e que seriam mais apropriados a uma produção de tevê da década de 70. E o que dizer de diálogos como “Então o leão se apaixonou pelo cordeiro”, que parecem ter saído de uma fotonovela?



Embora ganhe alguns pontos pelo conceito interessante da família de vampiros que tenta levar uma vida razoavelmente normal ainda que a simples visão de sangue humano pareça levar seus integrantes a um quase frenesi, Crepúsculo merece mesmo distinção por sua profunda incoerência: apesar de roteirizado e dirigido por mulheres a partir de um livro escrito por outra, o filme é surpreendentemente machista ao transformar em heroína uma garota disposta a abrir mão de tudo para seguir um homem, abandonando família, seus projetos pessoais e até mesmo a vida apenas para poder contar com o privilégio de ser a esposa de um macho-alfa.



Ao que parece, Bella nunca ouviu falar de Betty Friedan ou mesmo de Simone de Beauvoir. Mas, pensando bem, talvez isto seja apropriado, já que as adolescentes que gritam histericamente ao ver Robert Pattison também não

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Juiz Indeniza Empregado Acusado de Ladrão

Um juiz do trabalho de Campina Grande - PB, condenou recentemente uma empresa distribuidora e Pneus a indenizar um empregado acusado de ladrão. O empregado sofreu um acidente de trabalho em seu primeiro mês na empresa. A mesma responsabilizou-se pela cirurgia do empregado, bem como a custear as despesas médicas do mesmo. A compensação era feita da seguinte forma: O empregado comprava os remédios indicados pelo médico e enviava a nota fiscal à empresa para ser ressarcido do valor. Quando ainda gozava de auxílio doença o empregado recebeu ligação do Gerente da empresa que o acusou de ter adulterado uma nota fiscal, chamando-o claramente de Ladrão. Após cessar o auxílio doença o empregado voltou ao trabalho, sendo, porém, rechaçado pela diretoria da empresa que o demitiu, mesmo estando este no período estabilitário. O fato gerou repercussão tanto na empresa como fora dela, haja vista que a ligação recebida pelo empregado foi ouvida por vizinhos utilizando este do viva voz. Os empregados da empresa comentaram o fato com empregados de outra empresa do mesmo ramo. O magistrado considerou rescindido o contrato bem como condenou a empresa a pagar ao empregado, além das verbas decorrentes da extinção do contrato, uma indenização pela demissão no período de estabilidade, bem como uma Indenização pelos danos morais causados ao empregado por conta da acusação de Ladrão. Essa indenização foi arbitrada pelo juiz em R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais).