Não se sabe quando e se será preso o acusado (da prisão pode se encarregar qualquer país que subscreveu o Tratado de Roma ou qualquer país que pertence ao Conselho de Segurança da ONU, desde que o imputado ingresse num deles), de qualquer modo parece certo (pelos antecedentes já conhecidos: processos contra Slobodan Milosevic e Charles Taylor) que a era do extermínio impune deve estar chegando ao seu fim: a Justiça penal global está sendo chamada a cumprir o seu papel de proteção dos direitos humanos, mesmo contra atos tirânicos cometidos por pessoas de países que ainda não ratificaram o Tribunal (como é o caso do Sudão).
Até o final do século XX os chefes de Estado ou de Governo gozavam de impunidade praticamente absoluta (em relação a seus crimes, ainda que de guerra): tanto durante seu mandato como depois. Vigorava o conceito antigo de soberania assim como a imunidade do Chefe de Estado. Cada país cuidava dos seus delitos (ou não cuidava deles), sem nenhuma ingerência alheia. Esse panorama se alterou completamente nos últimos anos (final do século XX e começo do século XXI), principalmente depois da prisão do General Pinochet (em 1999). Espera-se que o Estado de Direito global continue cumprindo seu papel de guardião dos direitos humanos fundamentais.
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O texto é de Luiz Flávio Gomes, mas pergunto, e os demais presidentes e ex-presidentes que cometem e cometeram iguais crimes? Porque não são sequer indiciados? Milosevic foi punido por um clamor europeu, Sadam por pressão dos americanos, mas e os ex-presidentes de grandes e médias potências mundiais que determinaram atos de tortura e similares?
O que sei que nada sei, parafraseando Sócrates, é que mesmo o TPI segue a linha da justiça brasileira, a linha de que a justiça é pra Preto, Pobre e Puta.
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